No orçamento para 2021, ainda com o país a sofrer violentamente os efeitos na saúde, mas também económicos e sociais, da pandemia, o Governo tem um exercício dificílimo de conciliação entre acudir à degradação da economia do país, aos constrangimentos estruturais da situação das finanças públicas e demonstrar a necessária consciência social. Está claramente confrontado com escolhas pesadas e escolheu um caminho de equilíbrio entre realismo e sensibilidade social, que garante que 2021 será um ano, não de avanços estruturais, mas de amortecimento de impactos negativos e mitigação de problemas. O Bloco entendeu não entender esse exercício e auto-marginalizou-se de contribuir para ele ao tentar bloquear, num golpe de tesoura de aliança à direita, que o OE sequer visse a especialidade.
É certo que a seguir às últimas eleições legislativas o PS prescindiu de discutir entendimentos políticos com o horizonte da legislatura e precipitou-se numa gestão casuística de assuntos de…
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