
Isto não é um obituário. Pouco importa quando e onde nasceu Joaquín Salvador Lavado. Pouco importa em que mundo viveu ou que conjuntura política inspirou as suas tiras. Porque a sua obra, como a dos grandes, é intemporal e os problemas que retratou são os mesmos que vivemos hoje: guerras, fome, ameaças à democracia, crises económicas, racismo, ecologia, o papel da mulher na sociedade.
Isto é, portanto, uma simples homenagem à sua obra maior: Mafalda.
Como tantas crianças da minha geração e de gerações anteriores, cresci a rir com ela. A minha mãe mostrou-me o livro Mafalda, A Contestatária numa altura em que estava a começar a parecer-me demasiado com a personagem, por volta dos meus oito anos mais ou menos. Aliás, dizia-me muitas vezes que devia ter-me chamado Mafalda, e não Filipa. Sempre a refilar, sempre a questionar, sempre a falar do que era injusto. Tal como acontece com…
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