Entre 1958 a 1968 foram efetuadas mais de 2.100 esterilizações na Carolina do Norte.
Um estudo da universidade norte-americana de Duke aponta que um programa de esterilização conduzido até 1974 no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, visou deliberadamente afro-americanos, considerando que se tratou de “um ato de genocídio”.
De acordo com o estudo, publicado na última edição da revista American Review of Political Economy, entre 1929 e 1974 cerca de 7.600 homens, mulheres e crianças, em alguns casos com apenas 10 anos, foram submetidos a esterilização cirúrgica, parte de um programa criado na Carolina do Norte para impedir a reprodução de pessoas “de mente fraca” e servir o “interesse público”.
A maioria das operações foram realizadas à força, pode ler-se no estudo, embora algumas mulheres recorressem ao programa voluntariamente, por não disporem de outros meios de contraceção, declarando-se para isso mães inaptas.
O estudo examinou especificamente os anos de 1958 a 1968, período durante o qual foram efetuadas mais de 2.100 esterilizações naquele estado norte-americano, situado no sudeste do país.
TSF
Foto: Brandon Bell/Getty Images/AFP