A deputada não inscrita Joacine Katar Moreira entrou esta sexta-feira em quarentena voluntária depois de ter contactado com uma pessoa infetada pela covid-19, deixando críticas à Assembleia da República por ter impossibilitado a sua participação online em plenário.
“Por ter tido contacto direto com uma pessoa infetada pelo novo coronavírus, e apesar do resultado negativo do teste, o SNS pede-me que fique em casa durante 14 dias, coisa que cumprirei com todo o sentido de responsabilidade”, revelou a deputada numa nota enviada às redações.
Hoje o plenário discutiu a situação de teletrabalho no país, debate marcado pelo PAN, ao qual a deputada pediu para participar ‘online’, pedido que lhe foi recusado.
“Foi-me recusado um requerimento no qual solicitava ao Presidente da Assembleia da República a participação via videoconferência nos trabalhos em plenário, para poder votar iniciativas legislativas e marcar presença, tal como já acontece nas Reuniões Ordinárias das Comissões Parlamentares”, adiantou a deputada.
Joacine argumentou que “tinha o apoio informal de deputados suficientes para que esta solicitação passasse em plenário”, deixando assim duras críticas ao funcionamento da Assembleia da República.
“Num tempo de medidas de exceção, a Assembleia da República prova mais uma vez que tem enormes dificuldades em corresponder àquilo que é pedido a todo o país: que se adapte e que não deixe ninguém de fora”, criticou Katar Moreira.
Joacine tem razão. Ontem uma deputada eleita democraticamente foi impedida de representar os seus eleitos por uma AR que deveria ter estes casos previstos no seu funcionamento. E quem perde com estas palhaçada é sempre a mesma: A democracia!